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Assembleia Legislativa aceita pedido de impeachment de Wilson Lima

Pedido foi protocolado pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas, que alega má gestão no combate à pandemia do novo coronavírus no estado.

Notícia do dia 30/04/2020

O Presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Josué Neto, autorizou, nesta quinta-feira (30), o procedimento para analisar o pedido de impeachment do Governador do Amazonas, Wilson Lima, e do seu vice, Carlos Almeida. O pedido foi protocolado na Casa pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas, que alega má gestão no combate à pandemia do novo coronavírus no estado.

No documento, enviado à Aleam no dia 22 deste mês, os médicos relatam a "prática de crimes de responsabilidade e improbidade", e pedem a perda do mandato público, e a inabilitação para que eles exerçam a função pública pelo prazo de cinco anos.

A autorização para tramitação foi dada pelo presidente da Assembleia, Josué Neto, em sessão nesta quinta.

Nesta quarta-feira (29), um novo pedido foi enviado para a Assembleia Legislativa. Desta vez, do Conselho Regional de Administração do Amazonas, em nome de Inácio Guedes Borges, alegando falta de honestidade na Administração Pública Estadual na Área da Saúde e ainda prática de crimes de responsabilidade, também pedindo o afastamento do governador e do vice dos cargos, além da inabilitação para exercer função pública por período de cinco anos.

O pedido, que ainda vai ser avaliado pelos parlamentares, acontece em meio ao colapso na saúde, com quase 100% dos leitos públicos ocupados, por conta da pandemia do coronavírus no Amazonas, que até esta quinta-feira (29) registrou mais de 4,8 mil casos confirmados da doença em todo o Estado. O primeiro caso foi confirmado no dia 13 de março deste ano. Desde então, os números só aumentaram.

As mortes também subiram e levou governo a instalar novas câmaras frigoríficas em hospitais de Manaus. Além disso, câmeras frigoríficas foram instaladas na área externa de hospitais para comportar corpos. O sistema funerário também está afetado e, por isso, foram abertas valas comuns, chamadas pelo órgão de trincheiras, para enterrar vítimas do novo coronavírus no cemitério público Nossa Senhora Aparecida.

Por G1 AM