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Em Manaus, manifestantes fecham ruas em protesto contra Bolsonaro

A Polícia Militar acompanhou o ato e que aconteceu de forma pacifica.

Em Manaus, manifestantes fecham ruas em protesto contra Bolsonaro Notícia do dia 02/06/2020 O sol da tarde desta terça-feira (2) acompanhou os manifestantes que foram às ruas a favor da democracia e contra o fascismo, no ato que percorre a avenida Djalma Batista, na Zona Centro-Sul de Manaus. O protesto, organizado pelas redes sociais, saiu por volta das 14h e marcha em direção à Arena da Amazônia, de maneira pacífica. As equipes de organizadores proferiram palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, a favor da preservação da Amazônia e contra o racismo. Em voz alta, também foram ditas as regras de segurança que deveriam ser mantidas ao longo do percurso. [caption id="attachment_6398" align="aligncenter" width="696"] Foto: Euzivaldo Queiroz[/caption] Entre elas, as recomendações de distanciamento entre os manifestantes, que deveria ser de 1,5m, além do pedido para que não fossem respondidos os posicionamentos contra a manifestação que vinham dos carros em forma de buzina e gritos. O estudante universitário Abraão Leite, segurava uma placa pedindo a saída do presidente da República e disse que decidiu participar do manifesto por sentir-se insatisfeito com os movimentos antidemocráticos que segundo ele mascaram uma política que oprime as minorias."Eu acredito que é fazendo esse tipo de movimento que nós iremos fazer a diferença", afirmou o estudante. Questionada sobre a manifestação ocorrerem em meio à pandemia da Covid-19, uma das organizadoras do evento, Shirley Abreu, esclareceu que foram disponibilizados álcool em gel e máscaras para os participantes da passeata, que apesar de ser apartidária, defende a saída do presidente Jair Bolsonaro do poder. [caption id="attachment_6389" align="aligncenter" width="696"] Foto: Radar Amazônico[/caption] "Que fique claro, nós somos a favor do distanciamento social, mas não tem.como na situação que o país está vivendo a gente, hoje, ser contra isso [o protesto], quando há desmandos e um governo que pede a volta da ditadura [militar]", ressaltou a Shirley. No início, o ato também contou com uma intervenção artística, na qual os manifestantes deitaram no chão formando uma cruz para lembrar a morte da ex-vereadora Marielle Franco, do cacique Francisco Souza, dos jovens Douglas Rodrigues e João Pedro (mortos em maio deste ano durante operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro) e de George Floyd (homem negro morto asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos). O movimento pró-democracia é uma continuidade dos levantes populares do último domingo (31), que ocorreram na avenida Paulista, na cidade de São Paulo, feitos por torcidas organizadas de times de futebol. [caption id="attachment_6399" align="aligncenter" width="696"] Foto: Euzivaldo Queiroz[/caption] O levante iniciou em resposta a um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, nomeado de '300 do Brasil', que marcharam em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, com tochas que lembravam o grupo extremista Ku Klux Klan, que prega o ódio à população negra. No Brasil, os '300' pediam o fechamento do Congresso Nacional e do STF e um nov Ato Institucional 5, medida mais dura adotada pela Ditadura Militar brasileira. Por Giovanna Marinho | Portal Acrítica