Notícia do dia 03/06/2024
Doença muitas vezes silenciosa, a depressão costuma demandar atenção para ser identificada, já que muitas vezes os sinais do problema podem não ser tão claros. E no caso de crianças e adolescentes, perceber a existência da depressão é ainda mais desafiador.
Segundo os últimos dados sobre o tema da Organização Mundial da Saúde, divulgados em 2020, o número de casos de depressão em crianças entre 6 e 12 anos aumentou de 4,5% para 8% em uma década. O quadro, no entanto, pode estar defasado por não levar em conta os efeitos da pandemia e do isolamento social.
Em razão desse cenário, o médico psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Alexandre Geraldo da Silva, alerta como ficar atento a possíveis sinais de que o quadro da criança ou do adolescente pode ser de depressão.
“Na criança, você tem uma variedade de sintomas, que pode ser, por exemplo, diminuição do rendimento escolar, irritabilidade fácil. E essa variação de ter sono demais, ou de ter ausência de sono, ou apetite demais, ou ausência de apetite. Se a criança começa a ter prejuízo, está errado”.
Mesmo identificando sinais de um possível quadro depressivo, responsáveis e pais ainda podem ter dúvidas de como agir, muitas vezes, por estigmatizar a possibilidade dessa condição existir dentro da família.
Por essa razão, o médico Alexandre Geraldo esclarece que, apesar da abundância de informações a respeito da depressão, o preconceito ainda é um dos principais desafios no combate à doença, especialmente nos mais jovens.
“Doenças mentais, são doenças como qualquer outra, você também comunica, só que com o cuidado de que o preconceito não seja nenhuma trave para que as pessoas tratem seus filhos, para que deem melhor qualidade de vida para seus filhos. Porque uma doença dessa não tratada é grave”, finaliza o médico Alexandre Geraldo.
Segundo a OMS, quanto mais cedo a constatação de um quadro de depressão, assim que forem identificados os sintomas, maior é a tendência de que o tratamento tenha um prognóstico melhor evitando evoluções e impactando positivamente na saúde mental dos jovens.
Fonte: Agência Web
