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Delegação do AM está na contagem regressiva para estreia nas Paralimpíadas Escolares 2024

Atletas viajam nesta segunda-feira para a cidade de São Paulo para participarem da competição

Delegação do AM está na contagem regressiva para estreia nas Paralimpíadas Escolares 2024 Estudantes-paratletas vão competir, na sua maioria, no atletismo, mas também na bocha, tênis de mesa, natação, halterofilismo e parabadminton. (Foto: Nilton Ricardo/Freelancer) Notícia do dia 25/11/2024

A equipe do Amazonas que vai representar o Estado na etapa nacional das Paralimpíadas Escolares viajam nas primeiras horas desta segunda-feira (25) com destino a São Paulo (SP) em busca de medalhas na competição escolar, chancelada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Da competição escolar surgiram grandes talentos do paradesporto e medalhistas paralímpicos. E é inspirados nesses “ídolos” que a juventude baré vai em busca de medalhas, que acontece entre os dias 25 e 30 de novembro no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, celeiro de talentos e “point” de olheiros” de grandes clubes brasileiros e da seleção paralímpica.

Com parte da equipe renovada por conta do limite da idade escolar, os jovens estudantes-paratletas vão competir, na sua maioria, no atletismo, mas também terá representantes na bocha, tênis de mesa, natação, halterofilismo e parabadminton.

Estreante na competição, as estudantes Raianne Vitória e Thayla de Oliveira estão animadas para competir e, também, viajar pela primeira vez para fora do estado. 

“É minha primeira vez em São Paulo, estou bem nervosinha”, destacou Raianne, de 16 do 8º ano do ensino fundamental na Escola Estadual Belarmino Marreiro. Ela irá competir nas provas de 100m, 400m e 800m em cadeira de rodas, classe T54.

 

 Aluna do 9º ano do ensino fundamental, Thayla de Oliveira disse, durante o último encontro com a equipe amazonense antes da viagem, que está calma, mas por enquanto. Porque ela também irá debutar nas Paralimpíadas Escolares. 
Em Manaus, ela participou de duas competições, inclusive, da seletiva estadual que “carimbou” a passagem dela para São Paulo, onde vai competir com estudantes de outros lugares do país.

“Olha, eu já fiz duas competições aqui e vai ser a minha primeira em São Paulo. Então, que venha mais medalhas para a gente”, enfatizou a estudante de 14 anos e aluna  da Escola Estadual Professora Hilda de Azevedo Tribuzy.  Ela vai competir nas provas de 100m, 200m e 400m (classe T54).

Transição e renovação

Para o professor e chefe da delegação amazonense, Joniferson Vieira, comentou sobre a transição que a equipe passa este ano e disse que a perspectiva é de conseguir bons resultados e lamentou o desfalque de atletas na delegação. 

“A gente vai com boas expectativas, mas não com perspectiva de bater recordes de medalhas como no ano passado porque a gente está nessa renovação e transição E também porque tivemos dois desfalques, o Alex Andrey, devido a alguns problemas familiares e porque não entregou a documentação; e o Marcelo, na natação, que a família não permitiu que ele viajasse sozinho. Só aí, era certeza de pelo menos cinco medalhas”, lamentou Vieira.

 No entanto, os estreantes vão com todo gás para a capital paulista em busca de um lugar no pódio, como também com os experientes, como João Pedro, que vai defender o título da competição escolar no halterofilismo e grandes chances de medalhas nesta mesma modalidade com Emily Victoria.

Outros paratletas “tarimbados” em competições têm reais chances de conquistar medalhas, como a Kemily Cristina  no parabadminton, e com Adison Vitor e Fernanda Vitória, na natação.

Trabalho executado desde 2018

O professor Joniferson Vieira é, atualmente, o coordenador do Núcleo de Desporto Escolar da Secretaria de Educação e Desporto Escolar e exaltou o trabalho com os paratletas, que vem sendo realizado desde 2018, com boa evolução e, desde então, quase 200 medalhas conquistadas na etapa nacional das Paralimpíadas Escolares.

Desde 2018 a gente está junto dessa equipe e cada vez melhorando. Esse é o momento de transição e já esperávamos por isso. Alguns atletas ‘estouraram’ a idade escolar. Novos chegam ao time. Perdemos mais que ganhamos e, com essa renovação, um grupo mais novo de paratletas, nossa expectativa é boa e vamos dar a eles essa vivência de que temos muito a crescer com esse grupo que está começando”, finalizou.

As Paralimpíadas Escolares tiveram a sua primeira edição em 2009. Este é o maior evento mundial para crianças com deficiência em idade escolar. Talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como os velocistas Alan Fonteles, ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47) e bicampeão paralímpico; o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres, bronze no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020; a mesatenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016 e prata nos Jogos de Tóquio 2020, entre outros.

Por: Acrítica