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Coronavac é eficaz contra variantes da Covid-19 em circulação no país, diz Butantan

Governador de São Paulo diz que pesquisa do Butantan com a USP comprovou eficácia do imunizante contra as cepas de Manaus, do Reino Unido e da África do Sul.

O Instituto Butantan divulgou nesta quarta-feira (10) que a vacina do instituto em parceria com a chinesa Sinovac é eficaz contra as variantes do novo coronavírus em circulação no Brasil.

Estudos preliminares realizados pelo instituto em parceria com a USP, em pessoas vacinadas, demonstram que a Coronavac é capaz de neutralizar variantes do novo coronavírus. Os dados incluíram amostras de 35 participantes vacinados na fase III. O estudo completo inclui um número maior de amostras, que já estão em análise.

“Uma nova pesquisa comprova que a vacina do Butantan é eficaz contra as novas cepas do coronavírus. Essa é uma excepcional notícia da ciência. Ou seja, a vacina do Butantan imuniza os vacinados contra as novas variantes da Covid-19”, disse o governador de São Paulo, João Doria, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com o governador, a pesquisa feita em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) comprovou que a Coronavac é eficaz contra as principais mutações identificadas no país: a de Manaus (P1), a do Rio de Janeiro (P2), a do Reino Unido e a da África do Sul.

“É mais uma comprovação da qualidade dessa vacina que, hoje, vacina nove de cada dez brasileiros no país.”

Ao comentar o resultado da pesquisa, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, destacou a eficiência da Coronavac contra as mutações do novo coronavírus.

“Nós já sabíamos que os anticorpos da vacina do Butantan tinham eficiência com as variantes do Reino Unido e da África do Sul e, agora, mostramos que também tem eficiência contra as variantes P1 (Manaus) e P2 (Rio de Janeiro)”, afirmou.

Em nota, o governo de São Paulo informou que o estudo preliminar incluiu amostras de 35 participantes vacinados na Fase III e que os resultados completos serão divulgados posteriormente.

“Nos testes realizados pelo Instituto Butantan são utilizados os soros das pessoas vacinadas (colhido por meio de exame de sangue). As amostras são colocadas em um cultivo de células e, posteriormente, infectadas com as variantes. A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo.”

Foto: Divulgação/Governo de SP

Por Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

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