O Amazonas conquistou um marco histórico ao receber o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) em Paris, na França.
A conquista é considerada um passo importante para ampliar o mercado de carne para outros estados e países, atestando a qualidade do produto gerado no Amazonas, explica o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço.
"O nosso reconhecimento ao grande esforço de todos os produtores rurais amazonenses, pecuaristas, que garantiram durante esses anos a sanidade dos seus rebanhos. E agora, com esse reconhecimento internacional, temos aí perspectivas muito promissoras para o crescimento da nossa pecuária amazonense, gerando mais emprego, renda e desenvolvimento".
A febre aftosa é uma doença que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos, e sua erradicação permite a abertura do livre comércio de animais, produtos e subprodutos. O reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação é o mais elevado status sanitário que um estado pode obter.
Para obter essa certificação, o Amazonas realizou ações contínuas de monitoramento do trânsito de animais, estruturação de barreiras e escritórios, além de campanhas de imunização. Na ocasião, o secretário de Estado de Produção Rural (Sepror), Daniel Borges, agradeceu a cooperação de todos os servidores envolvidos nesta conquista.
"Não poderíamos deixar de agradecer todos os servidores do sistema SEPROR, do IDAM, da ADAF, justamente para esse feito acontecer aqui em Paris, esse esforço partir de todos os servidores também".
Entre 2019 e 2024, a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) adquiriu mais de 1,9 milhão de doses de vacina contra a febre aftosa, com investimento de mais de R$5,4 milhões.