Cansados de esperar pelo poder público, moradores do Ramal Luiz de Souza Medeiros, no Aninga, começaram a construir pontes nesta terça-feira (26). A localidade permanece há quase um mês completamente ilhada, após a chuva intensa que caiu sobre Parintins nos dias 2 e 3 de abril.
Além das casas afetadas e do acúmulo de prejuízos neste período, a ajuda para a construção de passarelas nunca chegou, apesar de prometida pela Defesa Civil de Parintins. O comerciante Valto Rocha mora há dez anos no ramal e explica que é a primeira vez que a localidade permanece inundada.
“Nunca tinha acontecido isso, mas depois daquela chuva que deu não secou mais esse trecho. Já veio todos os secretários da Prefeitura aqui, dizem que vão trazer as máquinas, está para completar mês e nada de chegarem para resolver o problema. Agora cabe a nós moradores encontrar meios para construir as pontes”, explica.
[caption id="attachment_20537" align="alignnone" width="696"] Foto: Jean Beltrão[/caption]
A criadora de animais Valdirene Batista comenta sobre a situação das famílias afetadas. “Parte da minha criação morreu, e o restante tivemos que tirar as pressas no dia da chuva. A situação é muito difícil, a água já chegou quase na nossa cintura. Nós pedimos ajuda do poder público e não nos ajudaram, tivemos que tirar do nosso bolso”, lamenta.
A Defesa Civil de Parintins informou que a demanda dos moradores foi encaminhada para a Secretaria de Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp).
[caption id="attachment_20540" align="alignnone" width="696"] Foto: Jean Beltrão[/caption]
A Defesa Civil do Amazonas, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) atualizou hoje, dia 26, o relatório da situação dos municípios do Estado. A Calha do Baixo Amazonas, que tem como cidade polo Parintins, foi enquadrada no Status de Transbordamento. Vale ressaltar que faltam apenas 44 centímetros para o município atingir a cota recorde de 9 metros e 46 centímetros, registrada no ano passado.