Dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas revelam que, nas últimas semanas, os vírus mais identificados no estado foram o rinovírus, com 47% dos casos e o Influenza A, com 40,6%, seguidos por influenza B (7,6%), adenovírus (6,2%), Vírus Sincicial Respiratório (5,5%) e Enterovírus (0,6%).
De 1º de janeiro a 31 de maio de 2025, o estado notificou 586 casos, o que representa uma redução de 30,6% em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve 844 registros.
No mesmo intervalo deste ano, 34 mortes foram associadas a vírus respiratórios, uma queda de 17,1% em relação às 41 mortes no ano passado.
Para o epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia, Jessen Orellana, o cenário atual era esperado, mas foi intensificado pelas condições climáticas:
"Temos o período chuvoso que também facilita a disseminação desses vírus como o SARS-CoV-2 causador da Covid-19 então é uma situação que de certa forma já era esperada".
O infectologista Nelson Barbosa orienta que nem todo quadro gripal requer busca imediata por atendimento médico, mas é fundamental estar atento aos sinais de agravamento:
"Quando essa síndrome respiratória passar de 7 a 10 dias e você começar a ter febre muito mais frequente, ter falta de ar. Quer dizer, este é o momento de procurar o sistema único de saúde. Agora, é claro, além dos cuidados que você tem que ter em não frequentar ambientes fechados, usar máscara quando tiver alguém tossindo ou espirrando, você tem que tomar bastante água, você tem que praticar exercício físico".
Além de saber quando buscar atendimento médico, outro ponto crucial no enfrentamento das síndromes respiratórias é a forma como os sintomas são tratados em casa. Nesse contexto, o médico reforça que evitar a automedicação é essencial para prevenir complicações.
"Outra coisa importantíssima é não praticar a automedicação. Isso é ruim porque muitas vezes você pode mascarar uma doença mais grave com essa automedicação".
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, o atendimento inicial às síndromes gripais pode ser buscado nas Unidades Básicas de Saúde.
Em casos mais graves, buscar atendimento hospitalar.