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Em Parintins, Defensoria cria rede de proteção para combater violência doméstica durante confinamento

Em Parintins, Defensoria cria rede de proteção para combater violência doméstica durante confinamento
Um projeto desenvolvido pela Defensoria Pública no Polo do Baixo Amazonas, em Parintins, vai facilitar o acesso de mulheres a uma rede de contatos com o propósito de combater a violência doméstica durante a pandemia do coronavírus. Batizada de "Em Defesa Delas na Quarentena", a inciativa estabelece canais exclusivos e seguros para que mulheres vítimas de violência denunciem agressões e possam receber a assistência jurídica, social, psicológica e de segurança necessárias para esse tipo de situação. De acordo com as defensoras públicas Gabriela Gonçalves e Enale Coutinho, autoras do projeto, o objetivo da rede é fazer com que o fluxo de atendimento à mulher vítima de violência doméstica não sofra entraves, possibilitando rápida resposta e intervenção do sistema de proteção. O sistema é composto por instituições e grupos da sociedade civil organizada, sensíveis ao tratamento das situações de violência doméstica. Além da Defensoria Pública do Estado (DPE-AM), fazem parte da rede a Polícia Militar, o Serviço Social da Delegacia de Polícia Civil de Parintins, a Secretaria Municipal de Assistência Social, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o coletivo de mulheres (Movimento Teia) formado por professoras das Universidades Federal (Ufam) e Estadual (UEA) do Amazonas. Gabriela Gonçalves e Enale Coutinho ressaltam que por meio de números de telefone, com WhatsApp (listados abaixo), as vítimas poderão informar diretamente a uma policial feminina a violência sofrida, especialmente nas situações que exigem pronta ação repressiva. A PM acionará a Defensoria, repassando a ocorrência e, por meio da assistência jurídica, serão tomadas as medidas necessárias como, por exemplo, o ajuizamento de medida protetiva de urgência. Também será acionado o serviço social da Delegacia de Polícia Civil e o Creas, para acompanhamento psicológico a ser realizado, inclusive, por meio remoto. A vítima também terá ao seu acesso um contato de telefone, com WhastApp, para denunciar, caso queira, a violência diretamente à Defensoria e aos grupos de mulheres organizadas da sociedade civil para que sejam adotados os encaminhamentos devidos. “Conforme tem sido noticiado pela mídia nacional, a partir de dados oficiais extraídos das instituições de controle, as necessárias medidas de isolamento social, por conta do coronavírus, têm provocado o aumento da violência doméstica”, disse a defensora pública Gabriela Gonçalves. “Nesse sentido, é dever do sistema de proteção dos direitos da mulher atuar para diminuir os impactos sociais resultantes das medidas levadas a efeito no âmbito do combate à Covid-19. A mulher pode optar por ligar diretamente para a PM ou para a Defensoria e Assistência Social. Em todos os contatos, ela será atendida preferencialmente por uma mulher, salvo a linha direta da PM, após às 17h, e terá a assistência que precisa com a adoção das devidas providências”, Segundo Enale Coutinho, outro aspecto importante do projeto é fazer com que mulheres vítimas de violência não se sintam desamparadas com a suspensão do atendimento presencial nas instituições nas quais poderiam solicitar ajuda. “A pandemia fez com que instituições suspendessem o atendimento presencial. Contudo, continuamos atuando em teletrabalho e esse projeto surge para ser uma ferramenta de apoio para a mulher vítima de violência nesse momento sensível”, ressalvou. “Essa iniciativa é necessária para que a mulher tenha a assistência que precisa. Já tínhamos interesse em fazer um projeto para melhorar o fluxo de atendimento a vítimas de violência e, com a pandemia, adotamos esse direcionamento, que foi prontamente atendido pela PM, Secretaria de Assistência Social e Coletivos de mulheres”, destacou Enale. Abaixo estão listados os contatos para denúncias exclusivas do projeto "Em Defesa Delas na Quarentena": Polícia Militar em Parintins: (92) 98466-4856, de 8h às 17h (atendimento realizado somente por policiais femininas). Após às 17h, (92) 99270-7803 (Linha direta), todos os dias da semana. Defensoria Pública no Polo do Baixo Amazonas (Parintins): (92) 98455-6153, de 8h às 14h, segunda a sexta-feira. Serviço Social da Delegacia de Polícia Civil em Parintins: (92) 99484-3103 e (92) 99212-9506, de 8h às 13h, de segunda a sexta-feira. Atendimento psicológico do Creas: (92) 99195-2475, de 8h às 17, de segunda a sexta-feira. Movimento Teia (rede de proteção das mulheres enquanto grupos organizados da sociedade civil): (92) 99130-6594 e (92) 99102-2602, de segunda a sexta-feira.   *com informações de assessoria