Notícia 28 de março de 2023

Na manhã desta terça, 28 de março, moradores saquearam um carregamento de laranjas que seguia para descarte na lixeira pública, em Parintins, município localizado a 369 quilômetros de Manaus. Trabalhadores depositavam o material em uma caminhonete estacionada em frente a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf), quando foi saqueada por quem passava pela via. [caption id="attachment_27637" align="aligncenter" width="696"] Foto 02: Carregamento de laranjas apreendido pela Adaf - Parintins[/caption] O produto foi apreendido pelos fiscais da Adaf, acompanhados de policiais do Batalhão Ambiental, na tarde de sábado, 25 de março. Cerca de 20 toneladas de laranjas estavam sendo transportadas em uma embarcação vinda de Santarém, no Pará, sem nenhum tipo de documentação que comprovasse a procedência do material. De acordo com Diélia Maria Picanço Pessoa, gerente da Adaf, em Parintins, a polícia foi acionada para evitar que mais laranjas fossem saqueadas.

“A carga foi apreendida no sábado e no mesmo dia despejamos uma carga na lixeira. Deixamos para colocar o restante hoje; chamamos o carro da prefeitura, que leva o lixo pra lixeira, para fazer esse trabalho. Mas, de repente a população invadiu; uma coisa que não era para ser feita, já que a carga foi apreendida, porém, infelizmente, não conseguimos conter. Chamamos a polícia e eles vieram para nos dar um suporte, para que possamos chegar à lixeira com esse produto, que é o seu destino final”, relata.

A laranja é um dos frutos em que a mosca da carambola deposita os ovos e as larvas se desenvolvem. Até o momento, nenhum caso de contaminação foi registrado no Amazonas, segundo a gerente da Adaf. E para evitar a proliferação no estado, a carga precisou ser descartada, compactada e enterrada na lixeira pública. [caption id="attachment_27638" align="aligncenter" width="668"] Foto 03: Populares saqueando o carregamento apreendido[/caption] Diélia Pessoas afirma que um boletim de ocorrência será registrado e ela espera que os saqueadores respondam criminalmente.

“A gente não tem como manter um Batalhão da Polícia ao redor do carro, porque eles invadem mesmo e não queremos que a polícia tenha uma atitude mais rígida com essas pessoas para não ser desumano. É uma situação complicada. Sou registrar o B.O, porque isso não é correto fazer, uma vez que esse carro, que pedimos para vim carregar esse material, é o que faz a coleta de lixo na cidade”, destaca a gerente.

FOTOS: João Carlos Moraes/Jean Beltrão