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Protesto é convocado em Parintins contra morte de criança indígena

Ato está marcado para às 16h de domingo, dia 29, na Catedral de Nossa Senhora do Carmo.

Protesto é convocado em Parintins contra morte de criança indígena
Depois que uma criança de 5 anos foi estuprada e morta na comunidade Nova Vida, área indígena Sateré-Mawé em Barreirinha-AM, internautas começaram a marcar um protesto para este domingo (29), às 16h, na Catedral de Nossa Senhora do Carmo, centro de Parintins-AM. Denominado "Por todas nós", o ato terá espaço para a fala de lideranças e instituições, e tem como objetivo protestar em combate a violência contra as crianças e mulheres, e reivindicar políticas públicas de proteção às vítimas de violência na cidade de Parintins. A manifestação está sendo organizada pelo coletivo "Justiça por Ana Beatriz", liderado por universitários. [caption id="attachment_11202" align="aligncenter" width="696"] Foto: Jair Carneiro[/caption] Na última quarta-feira (25), uma manifestação reuniu dezenas de pessoas em um ato que percorreu as ruas de Barreirinha, pedindo justiça pela morte da criança indígena.

O caso

A pequena indígena Ana Beatriz, de apenas cinco anos de idade e moradora da comunidade Sateré Mawé Nova Vida, na região rural de Barreirinha-AM foi sequestrada de casa, estuprada e assassinada, na madrugada de segunda-feira (23). De acordo com o laudo médico, a menina sofreu violência sexual e foi morta por estrangulamento.

Segundo Sergio Butel, coordenador da Funai de Parintins, um adolescente admitiu o fato e levou as equipes de busca até o local onde ele tinha escondido o corpo da criança. Outros dois homens chegaram a ser ouvidos pela polícia por suspeita de participação no crime, mas foram liberados por falta de provas.

A juíza da Comarca de Barreirinha, Larissa Padilha Roriz Penna, determinou nesta quinta-feira (26) que o adolescente de 16 anos seja transferido de Barreirinha (AM) para Manaus, pois o local não tem abrigo para internação de adolescentes que cometem atos infracionais. Ele deve ficar internado provisoriamente em um Centro socioeducativo da capital, e possivelmente responderá pelos atos infracionais análogos aos crimes de estupro, homicídio e ocultação de cadáver.