A Diocese de Parintins realizou na noite desta quarta-feira, 14 de maio, o translado dos restos mortais de Dom Arcângelo Cerqua até a cripta, construída no interior da Catedral, na capela da Penitência, lado direito de quem se dirige ao altar.
O gesto simbólico foi cumprido no dia de sua consagração como bispo da Prelazia de Parintins, fato que ocorreu em 1961. Dom Arcângelo Cerqua foi o primeiro bispo da Diocese de Parintins e morreu em 16 de fevereiro de 1990, em Treviso, Itália, aos 73 anos.
Durante a cerimônia o padre Henrique Uggé destacou o legado religioso, social, econômico e espiritual, deixado por Dom Arcângelo, inclusive a Catedral de Nossa Senhora do Carmo, sua obra, onde ele sempre manifestou o desejo de ser sepultado, como destaca padre Henrique Uggé.
"Nós hoje lembramos o desejo dele grande, eu sou testemunho disso porque 15 dias antes de morrer lá na Itália, me falou, Henrique, eu quero ser sepultado lá. Hoje mesmo estamos cumprindo este grande desejo de ser sepultado na catedral".
O atual bispo da Diocese, Dom José Albuquerque de Araújo, presidiu a solenidade que terminou com a missa para marcar a data histórica, no período de comemorações dos 70 anos do Jubileu. Dom José manifesta alegria neste momento sagrado e simbólico para a Igreja local.
"Nada mais bonito do que a gente vivenciar esse momento solene no ano jubilar, no ano santo, e aqui nós em Parintins estamos celebrando 70 anos da evangelização, na qual Dom Arcângelo faz parte".
Dom Arcângelo Cerqua foi missionário italiano do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), uma sociedade de vida apostólica da Igreja Católica fundada em 1850. Foi responsável pela criação de importantes instituições, como a Catedral Nossa Senhora do Carmo, Rádio Alvorada, Hospital Padre Colombo, Colégio Nossa Senhora do Carmo e demais educandários.
Irmã Maria Iracema, gestora do Colégio do Carmo há mais de 20 anos, prestigiou a solenidade e expressa a alegria de poder vivenciar o momento. Ela também lembra as oportunidades que recebeu de Dom Arcângelo.
"Como ele foi grandioso na seriedade que ele tinha, mas muito cativante. O que ele fez com os grupos marianos, com o Senhor do Apostolado, enfim, com toda aquela organização que era muito peculiar dele, que realmente era um homem de futuro, de visão".
Benedito Rodrigues Belém, presidente da Federação das Congregações Marianas da Diocese de Parintins, manifesta a satisfação pelos frutos deixados por Dom Arcângelo em sua trajetória religiosa.
"É um grande prazer a gente, como congregado mariano, como parentinense, saber que este homem foi um grande realizador dessa história, que hoje nós estamos fazendo o sepultamento dele dentro da Nossa Catedral de Nossa Senhora do Carmo, onde ele junto com as congregações marianas construiu esse grande templo há muitos anos atrás".
Desde o ano 2008 seus restos mortais se encontram na Catedral Nossa Senhora do Carmo, símbolo da fé católica do Baixo Amazonas.
- Por Aldair Rodrigues
Foto: Janaína Dias/ Arquivo Rádio Alvorada
