Com o aumento no trânsito de barcos e aviões para o 58º Festival de Parintins, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) reforça as proibições de transporte de frutos para evitar a disseminação de pragas, com atenção especial à monilíase e mosca-da-carambola.
O gerente de Defesa Vegetal da autarquia, Sivandro Campos, lembra que o Amazonas tem restrição de entrada de frutos hospedeiros da mosca-da-carambola e de saída do cacau e cupuaçu. “Por isso, durante o período do festival, a Adaf vai levar informações aos participantes da festa sobre a restrição de trânsito dessas duas pragas, com distribuição de material educativo e com explicações“, destaca.
Em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), servidores da Defesa Agropecuária estarão, nos dias que antecedem o festival, recepcionando passageiros no porto e aeroporto explicando a importância de não transportar os frutos com restrição de trânsito, mesmo que em poucas quantidades e para consumo próprio.
A mosca-da-carambola é uma das maiores ameaças à fruticultura do Brasil e tem dezenas de possíveis hospedeiros, incluindo tomate, mamão, citros, manga, pimenta-de-cheiro e a própria carambola, entre outros. A praga já foi detectada no Amapá, Pará e Roraima, o que torna a vigilância no Amazonas ainda mais importante, visto que o Estado exerce uma barreira para impedir o espalhamento para o restante do país.
E a monilíase é um fungo que ataca vegetais dos gêneros Theobroma e Herrania, como o cacau e cupuaçu, causando perdas e elevação dos custos de produção. Atualmente, no Estado, a praga está presente em Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença e Urucurituba.