A Unidade Prisional de Parintins (UPPIN), interior do Amazonas, registrou um princípio de motim, na noite de quarta-feira (6). O caso ocorreu após a confirmação de 11 presos infectados pela Covid-19. Desse total, seis obtiveram da Justiça o benefício de cumprir a pena em prisão domiciliar e cinco permanecem na unidade.
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que os internos reivindicavam celeridade no julgamento dos processos.
A Rede Amazônica apurou que a confusão começou quando detentos tiveram a situação de saúde agravada com sintomas do novo coronavírus. Um deles chegou a desmaiar e foi levado para o hospital. A Polícia Militar precisou entrar no presídio para conter o tumulto, mas não houve confronto.
Familiares dos detentos foram para a frente do presídio onde passaram a noite em busca de informações.
Defensores públicos que entraram na unidade prisional conversaram com familiares dos presos. A Defensoria comunicou que abriu uma Ação Civil Pública para cobrar do Estado melhores condições no sistema carcerário do município diante da ameaça da Covid-19.
A unidade prisional de Printins tem 35 detentos no regime fechado. Onze deles, que estavam sintomáticos, realizaram testes rápidos e apresentaram resultado positivo para a Covid-19 até o momento. O restante teve amostras coletadas, que já foram encaminhadas a Manaus. Dez detentos se recusaram a fazer tratamento para a doença.
"A direção da unidade prisional vem obedecendo às orientações das autoridades de saúde para combater a disseminação do vírus. Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, duas ações de saúde já foram realizadas no presídio com o objetivo de monitorar o surgimento de novos infectados. Nesta quinta-feira (07/05), 25 internos devem ser submetidos ao teste rápido em uma nova ação de saúde na unidade", diz a Seap.
Além de Parintins, há registros de Covid-19 em presos que estão em cadeias de Manaus, dois casos, e Tefé, com um registro.