“Mulher, é grande a sua fé! Seja feito como você quer”.
“O que é a grande fé?”, perguntou Francisco. “A grande fé é aquela que leva sua própria história, marcada também por feridas, aos pés do Senhor, pedindo-Lhe que a cure, que lhe dê sentido”.
Cada um de nós tem a sua própria história e nem sempre é uma história “para exportação”, nem sempre é uma história limpa. Muitas vezes é uma história difícil, com muitas dores, muitos problemas e muitos pecados. O que eu faço com a minha história? A escondo? Não! Devemos levá-la diante do Senhor. “Senhor, se quiser, você pode me curar”. Isto é o que esta mulher nos ensina, esta boa mãe: a coragem de levar a sua história de dor perante Deus, perante Jesus; tocar a ternura de Deus, a ternura de Jesus. Façamos a prova dessa história, dessa oração. Pensemos cada um na própria história. Há sempre coisas ruins numa história, sempre.
O Papa disse que devemos ir a Jesus, bater no coração de Jesus e dizer-lhe: “Senhor, se quiser, você pode me curar”! “Conseguiremos fazer isso se tivermos sempre conosco o rosto de Jesus, se entendermos como é o coração de Cristo, como é o coração de Jesus: um coração que tem compaixão, que carrega sobre si as nossas dores, que carrega sobre si os nossos pecados, os nossos erros, os nossos fracassos, mas é um coração que nos ama assim como somos, sem maquiagem: nos ama assim”, sublinhou Francisco.
“Senhor, se quiser, você pode me curar”, repetiu o Pontífice. “Para isso, é necessário compreender Jesus, ter familiaridade com Jesus”, disse o Papa, acrescentando:
E volto sempre ao conselho que lhes dou: carregar sempre um pequeno Evangelho de bolso e ler uma passagem todos os dias. E ali vocês encontrarão Jesus como Ele é, como Ele se apresenta; encontrarão Jesus que nos ama, que nos ama muito, que nos quer tanto bem. Lembremo-nos da oração: “Senhor, se quiser, você pode me curar”. Bonita oração! Carreguem o Evangelho na sua bolsa, no seu bolso e também no seu celular, para ver. Que o Senhor nos ajude, a todos nós, a rezar esta bonita oração que uma mulher pagã nos ensina, não cristã, não judia, mas pagã.
Francisco concluiu, pedindo à Virgem Maria para que “interceda com a sua oração, para que em cada batizado cresça a alegria da fé e o desejo de comunicá-la com o testemunho de uma vida coerente, que nos dê a coragem de nos aproximar de Jesus e lhe dizer: Senhor, se quiser, você pode me curar”.