Jender e Sérgio tiveram o mandado de prisão temporária cumprido pela Polícia Federal durante a Operação Ponto de Parada, deflagrada na manhã desta segunda, que visa desarticular esquema de desvio de recursos federais em contratação realizada pela prefeitura de Presidente Figueiredo para fornecimento de transporte escolar e aquisição de combustível.
De acordo com a Seap, Jender e Sérgio irão para o Centro de Detenção Provisório Masculino II (CDPM II) e Udsom Maranhão, ficará no Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM I). As duas unidades ficam na rodovia federal.
A 2ª Vara Criminal da Justiça Federal do Amazonas também expediu mandado de prisão, temporária para Rosedilse de Souza Santas. A reportagem não teve acesso a informações sobre essa prisão.
O Caprichoso emitiu nota pública informando que acompanha a operação, que investiga dirigentes do bumbá, para que, no momento oportuno, possa se pronunciar. “Aguarda o transcorrer das investigações, pois até o presente momento não existe nenhuma acusação formal feita contra o presidente Jender Lobato e nem contra o ex-vice presidente Sérgio Viana. Considerando que se trata de uma investigação recém iniciada, não é possível se concluir nada, reafirmando-se a total confiança no poder Judiciário e que, ao final, tudo será devidamente esclarecido”, diz nota assinada pelo vice-presidente do Caprichoso, Karu Carvalho.
Foto: seap.am.gov.br[/caption]
A Polícia Federal cumpriu 11 mandatos judiciais, sendo sete de busca e apreensão e quatro de prisão temporária, todos na capital. A Operação apura desvio de R$ 5,7 milhões decorrente de superfaturamento de serviços de transporte escolar e aquisição de combustível em contratos da Prefeitura de Presidente Figueiredo.
De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU) o esquema desviou verbas federais do Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
As suspeitas que motivaram a Operação tiveram origem no Programa de Fiscalização de Entes Federativos da CGU realizado no município, no segundo semestre de 2019, resultando na verificação de indícios de fraudes na contratação de empresa para transporte escolar e na aquisição de combustível para o transporte escolar. Segundo a CGU, as ilicitudes ocorreram nos exercícios de 2017 e 2018.
Os auditores observaram que a empresa contratada para o transporte escolar atuava como mera intermediadora na prestação dos serviços, o que gerou um superfaturamento de R$ 3.903.405,70, com recursos federais. Já a aquisição de combustível para o transporte escolar, apresentou um superfaturamento de R$ 1.865.091,81, com recursos ordinários do município.
A Justiça Federal deferiu, judicialmente, o sequestro de bens e valores no montante aproximado de R$ 13 milhões. Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, fraude à licitação, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A operação envolveu quatro servidores da CGU e cerca de 40 policiais federais.
Por Larissa Cavalcante | Portal Acrítica
Operação
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