Notícia do dia 16/04/2024
Os servidores do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Campus Parintins, deflagraram greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, 15 de abril, conforme comunicado oficial do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), Seção Sindical Manaus.
A decisão foi tomada após diversas tentativas de negociação com os Ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) não terem surtido efeito.
A categoria reivindica o reajuste salarial de 22% divididos pelos próximos três anos, valorização do plano de cargos e carreiras, e recomposição do orçamento da rede federal, que vem sendo enxugado desde 2016.
“A nossa remuneração foi reduzida ao longo do tempo, os técnicos administrativos em educação estão sem aumento de salário desde 2014, são dez anos aí, o salário deles foi totalmente corroído em torno de 53%. Precisa reestruturar a carreira tanto dos técnicos quanto dos professores. E a outra pauta super importante é a reconstituição do orçamento dos campi”, disse o coordenador do Comando de Greve em Parintins, professor Messias Ramos.
A greve dos servidores do IFAM Parintins afeta o andamento das atividades administrativas e de ensino da instituição, cerca de 800 alunos estão sendo impactados. As aulas presenciais, por exemplo, estão suspensas até que haja um acordo entre o sindicato e o governo.
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Foto: João Carlos Moraes[/caption]
A diretora do Ifam Parintin, Christiane Rodrigues, orienta aos alunos que fiquem atentos aos avisos do site. A expectativa da gestora é que a greve não dure por muito, mas tudo depende da negociação
“Quanto à alimentação dos alunos, está no site onde é que vai ser oferecido às marmitas. Nós oferecemos alimentação para mais de 120 alunos. Em relação ao auxílio creche, auxílio transporte no devido momento, porque eles estavam em processo de inscrição, eles irão receber com toda certeza”, declarou a diretora.
“As aulas estão paralisadas. Os alunos têm que ficar em casa esperando, qualquer mudança de cenário eles serão comunicado por meio do site. Ainda nessa semana o movimento nacional vai ser recebido pelo próprio presidente (Lula) e temos a esperança que essa greve não vá durar tanto”, finalizou.
Segundo um levantamento do Sinasefe, dos 687 campi dos institutos federais, ao menos 470 estão em greve.
Já as universidades federais, segundo informações da Andifes, Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, repassadas ao portal de notícias UOL, “das 69 universidades federais, 15 estão em greve e cinco em estado de greve — instrumento usado como alerta de que podem aderir à paralisação. Outras 12 instituições decidiram não aderir ao movimento e 18 ainda farão assembleias”.
Até o fechamento desta edição, não obtivemos resposta da Universidade Federal do Amazonas, campus Parintins, se os servidores da instituição vão aderir ou não à greve nacional.
