A poucos dias do mês de dezembro, a população do Distrito do Mocambo do Arari ainda enfrenta os impactos da maior estiagem registrada no Amazonas. O comércio, pesca, educação, saúde, entre outros, ainda sentem os efeitos da vazante.
No Amazonas, 62 municípios seguem em estado de emergência. Com a marca de 14,26 metros, na terça-feira, 26 de novembro, o nível do Rio Negro é ainda considerado crítico para a região.
A moradora do Mocambo e proprietária de um comércio, Vanderléia dos Santos comenta que o impacto da estiagem deixou seu empreendimento com poucos insumos.
“A gente não conseguiu comprar mercadoria, justamente por causa desse transporte que se torna muito caro e as mercadorias também estão se tornando bastante caras devido a esse transporte. Então esse ano ficamos com pouca mercadoria, não tem como suprir a necessidade de muitas pessoas e a gente está até agora aguardando entrar os barcos para fazer as compras novamente”, disse.
Pescador desde os 16 anos de idade, Josinaldo de 50 anos relata que chegou a passar por um mês sem conseguir pescar algum peixe, e ficou à mercê do auxílio estiagem.
“A seca não foi nada fácil para nós foi um tormento demais. Trabalhar na pescaria como a gente trabalha é complicado. Acho que um tempo desse aí, passei um mês sem ganhar nada mesmo. Graças a Deus que o governo também ajudou a gente”, disse.
No total, são 36 comunidades pertencentes a Parintins afetadas diretamente, algumas isoladas em razão do difícil acesso.
Conforme o coordenador da Defesa Civil, Adson Silva, a unidade busca realizar um trabalho para atender o máximo de famílias e mitigar os problemas gerados pela vazante, queimada e o intenso calor que atinge a região Norte.
Por: Samuel Vieira