Um grupo formado por senhoras, moradoras das comunidades Catispera e Brasília, na margem esquerda do rio Amazonas, que comercializam camarão e hortaliças, e outros produtos, na feira improvisada na pracinha localizada em frente ao bar Chapão, cobram a construção de um local apropriado para a comercialização dos produtos.
Dona Sonira Xavier chama atenção do poder público para que as trabalhadoras tenham um local confortável, principalmente na época das chuvas.
“Uma esperança, né? Porque entra prefeito, sai prefeito e nunca faz uma coisa boa pra gente. Agora falaram que estão fazendo uma feira pra gente. Pra quem mora no interior não dá, porque a gente traz a nossa embarcação aqui”, comenta.
Após dificuldades na produção e transporte dos produtos até a cidade por conta da forte estiagem em 2024, as feirantes das comunidades Catispera e Brasília enfrentam agora os desafios com a chegada das chuvas.
Tendo como principal produto o camarão, enquanto o período de captura do crustáceo amazônico não começa, as agricultoras apostam no cultivo e vendas de macaxeira, milho, banana e demais produtos, mesmo afetados pelas chuvas que prejudicam principalmente na hora da comercialização.
A agricultora Maria Nilza Teixeira ressalta que o plantio e colheita melhoraram, mas com as chuvas fortes, os produtos ficaram comprometidos.
“Melhorou, mas quando chove muito a gente vem pra feira. A gente não vende quase nada. A gente leva todo o nosso produto de volta. Aí quando tá sol quente a gente vende. Até que a gente vende, não muito, mas vendemos um pouco”, conta.
Vale lembrar que as feirantes enfrentam há anos a problemática da falta de uma estrutura adequada para as vendas na cidade. No mês de junho, período do Festival Folclórico de Parintins, as camaroeiras são deslocadas para a rampa do Mercado Municipal, para dar espaço ao palco alternativo na frente da cidade.
Histórico
Há quase anos, as senhoras das comunidades Catispera e Brasília, comunidades que ficam do outro lado do rio Amazonas, inauguravam a comercialização de camarão.
O local escolhido foi a área de estacionamento do Mercado Leopoldo Neves. Com a reforma do conhecido mercado central, as camaroeiras ganharam uma área apropriada no térreo do logradouro público, mas a atividade não prosperou devido a falta de clientes.
Foi a partir daí que as senhoras, conhecidas em Parintins como camaroeiras, resolveram utilizar a pracinha localizada em frenta a bar Chapão.
- Por Aldair Rodrigues