A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, vítima de câncer colorretal, traz um alerta importante sobre essa doença, que atualmente vem afetando com frequência pessoas mais jovens. De acordo com a coloproctologista Glícia Abreu, esse tipo de câncer é o terceiro mais comum no país. 

"O câncer colorretal é aquele que acomete a porção final do intestino, que é o cólon e o reto, por isso chamamos de colorretal. É mais popularmente chamado de câncer de intestino. Ele é muito importante porque, embora muitos outros tipos de câncer já tenham sido alvo de investigação e prevenção, o câncer de intestino, por incrível que pareça, é o terceiro mais frequente. Trata-se de uma lesão muito comum, e o que é mais interessante é que, embora seja frequente, ela pode ser prevenida".

A doutora Glícia informa que um fator que contribui para a diminuição do número de casos em pessoas idosas é o rastreamento preventivo.

"Atualmente, orienta-se que qualquer pessoa acima dos 45 anos, mesmo que não tenha histórico familiar de câncer de intestino ou quaisquer sintomas, deve realizar o rastreamento para câncer de intestino. Isso porque, com esse rastreamento, é possível detectar lesões em sua fase inicial, com mais de 90% de chance de cura. Além disso, é possível identificar lesões pré-malignas, como os pólipos. O rastreamento para câncer de intestino é bastante eficaz porque permite a detecção de pólipos, que são lesões pré-malignas, ou seja, lesões que ainda não são câncer".

A coloproctologista também menciona que pessoas com histórico familiar de câncer de intestino, pólipos avançados ou doenças inflamatórias intestinais fazem parte do grupo de risco. Ela alerta para alguns sinais importantes que não podem ser ignorados.

"Quais são esses sinais de alerta? Sangue nas fezes — porque sangue nunca é normal; dor abdominal persistente; perda de peso inexplicada; e alterações no sangue, como a anemia, principalmente a anemia ferropriva, que pode indicar que a pessoa está perdendo sangue de algum lugar. Esses são sinais que chamamos de “sinais de alarme”, e o paciente não deve esperar, deve procurar o médico para uma avaliação. Isso não significa que necessariamente haja um câncer, mas são sinais que podem indicar uma possível doença".

- As informações são da Agência Brasil