A família de Hayla Lima, de 23 anos, que sofreu um acidente enquanto praticava atividade física próximo à Praça do Sagrado Coração de Jesus, no dia 25 de agosto, e que a deixou com fraturas na perna direita, na tíbia e fíbula, reclama da falta de atenção por parte do Prefeitura de Parintins, por meio da Representação em Manaus.
Outro caso diz respeito a paciente Marciane de Oliveira Ramos Carvalho, que está em Manaus desde o dia 26 de agosto. Marciane foi em busca de uma ressonância magnética. A princípio, ambas as pacientes foram internadas no hospital Platão Araújo.
As famílias de Hayla e de Marciane afirmam que a Representação do Município, em Manaus, demora para responder os telefonemas ao mesmo tempo que sugerem uma residência para pacientes que procuram os centros médicos especializados na capital.
“O nosso município não tem uma casa de apoio em Manaus. A Hayla recebeu alta no sábado, 30 de agosto, e vamos ter que ficar até terça-feira no hospital porque não tem para onde ir e não tem barco domingo e segunda-feira”, comenta a acompanhante.
A parintinense, após o acidente foi encaminhada para o hospital Platão Araújo, onde recebeu atendimento até receber alta médica. Mas a família de Hayla recomenda ao Poder Público Municipal olhar com mais atenção aos parintinenses que recorrem à capital em busca de tratamento de saúde.
“Precisamos de uma ambulância ou um carro para deixar a paciente no porto. Fomos informados pela assistente social da Representação que a mesma só tem um carro para atender a demanda. Vou ter que levar a paciente de Uber até o porto”, destaca.
Segundo um parente de Hayla, Parintins é o município que mais apresenta problemas em todos os hospitais, quando se trata da Representação. “Têm municípios menores que Parintins e que tem todo o suporte que os pacientes precisam. Então, quero pedir a quem de direito, que procure arrumar isso, porque não é fácil ficar lidando com pessoas doentes pra cima e pra baixo”.
Por telefone, a acompanhante da parintinense afirma que a Representação queria que fossem para casa de parentes e só depois ir para o barco. “Eu falei que não iria, que a Hayla está com a perna quebrada não consegue nem se sentar. Então, eu falei que sairia do hospital direto pro barco. Assim como tem muitas pessoas em Manaus precisando de ajuda e todos encontram dificuldade, aqui mesmo no Platão Araújo encontrei vários parintinenses sem saber o que fazer”.
De acordo com a representante do Município de Parintins em Manaus, Lídia Teixeira, a paciente Hayla Moraes Lima teve alta hospitalar nesta terça-feira, 2 de setembro, e que a remoção foi feita pela ambulância.
Lídia afirma que a paciente estava com a viagem marcada para o Navio Cel. Tavares. “Foi entregue para a mãe como conta no Serviço Social do referido hospital, pois o mesmo é o único em Manaus que não permite a entrada das assistentes sociais e enfermeiras das Representações”.
Sobre a paciente Marciane de Oliveira Ramos, Lídia ressalta que ela foi atendida somente à meia noite no dia que chegou em Manaus e que ela ficou esperando atendimento no corredor do hospital Platão Araújo, mas em seguida foi transferida para o hospital Getúlio Vargas. “Todas as solicitações feitas estão acima das competências dessa Representação. Cabe ao sistema de saúde estadual e ao próprio hospital”, completa.
- Por Neudson Corrêa / Alvorada Parintins