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Funai fortalece relações institucionais com comunidades indígenas do rio Andirá

O encontro foi realizado no dia 19 de abril, Dia do Índio, na aldeia Vila Nova, discutiu problematicas vivenciadas nas terras indigenas daquela região

Funai fortalece relações institucionais com comunidades indígenas do rio Andirá
Um encontro realizado na segunda-feira (19), Dia do Índio, na aldeia Vila Nova, no alto rio Andirá, reuniu representantes da Prefeitura de Barreirinha, Departamento de Assistência ao Índio, órgão ligado a prefeitura, presidente do Conselho Geral da Tribo Sateré Mawé, Obadias Garcia, Coordenação da Funai – Parintins  e 12 lideranças, tuxauas das comunidades do alto rio Andirá, para uma discussão mais ampla sobre os problemas vivenciados nas terras indígenas e buscar mecanismos que visam o fortalecimento das relações institucionais com as comunidades do rio Andirá. De acordo com o coordenador da Funai – Parintins, Sérgio Butel, o dia não era de comemoração, mas de luta, de mobilização em busca de soluções para os problemas recorrentes dos indígenas. Durante o encontro houveram discussões em torno dos protocolos de retorno das aulas presencias pelo Município de Barreirinha e outras questões voltadas da saúde indígena, os demais direitos assegurados pela constituição federal que nos últimos anos vem sendo ameados pelos governos que ocupam o poder. Sérgio Butel enfatiza que o povo Sateré Mawé tem um projeto iniciado em 2016, que é o Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA), da terra indígena Andirá Marau. Segundo Sérgio, é um documento construído pelos indígenas que norteia essa relação da terra indígena com o mundo externo que prevê questões sobre territorialidade como: proteção territorial, exploração adequada dos recursos naturais e a manutenção do territorial diante das ameaças de invasão de ocupação. O PGTA, está sendo colocado em prática, é uma estratégia de cunho de fluxo maior de entrada e saída na região do rio Andirá na terra indígena Andirá Marau. “Até antes da pandemia não se tinha qualquer controle de entrada e saída na área indígena. Embarcações entravam e saiam sem qualquer controle, levando até mesmo bebida e drogas e transportando madeira de forma ilegal. Hoje, os indígenas já fazem um controle no acesso da entrada de seu território, com o apoio com a Prefeitura de Barreirinha e a FUNAI, ainda é uma estrutura bem inicial e ainda deficiente, mas que está sendo aprimorada”, comenta. O coordenador da Funai, assegura que já existe um controle maior sobre os acessos a área do rio Andirá, em cumprimento a portaria 419 da FUNAI, que proíbe o transito de não indígenas nas comunidades indígenas. Outro fator positivo destacado por Sergio Butel é que, durante o controle há todo um procedimento que são adotados pela fiscalização no sentido de evitar entradas de bebidas alcoólicas e drogas levadas pelas embarcações ou pelas pessoas que entram na terra indígena. “Isso tem contribuído bastante para diminuir o número de óbitos, número de ocorrências e agressões. 90% das ocorrências eram em função do uso e abuso de bebidas alcoólicas” relata.