De acordo com Joel Araújo, Superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas, o ano de 2025 têm sido marcado pelo resgate de diversas espécies de animais silvestres no estado.
Um dos exemplos mais recentes ocorreu na Comunidade Freguesia do Andirá, no município de Barreirinha (AM), onde foi resgatado um gavião-real (Harpia harpyja), uma das maiores aves de rapina das Américas e símbolo da biodiversidade brasileira.
A ave apresentava fratura em uma das patas e foi encaminhada para tratamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), como informa Joel Araújo, Superintendente do Ibama no Amazonas. "Aqui foi detectado que o animal encontra-se desnutrido e com uma fratura na pata esquerda. Os nossos veterinários analisaram que é preciso primeiro resgatar a saúde nutricional do animal para depois pensar numa cirurgia para recuperar a perna e aí então passar por outro tipo de tratamento", informou Joel Araújo.
Os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) são unidades especializadas do Ibama que acolhem animais resgatados, apreendidos ou entregues voluntariamente pela população. Nessas unidades, os animais passam por triagem, avaliação veterinária, reabilitação e, sempre que possível, são reinseridos na natureza.
A presença desse gavião-real no Cetas reforça a importância da atuação integrada entre os órgãos ambientais e da estrutura técnica do Ibama para a preservação da fauna silvestre brasileira, como alerta Joel Araújo.
"A gente precisa rever essa questão da gestão da fauna no nosso estado de forma que haja uma integração entre as Secretarias Municipais de Meio Ambiente, a Secretaria Estadual e o Ibama, como os ICMBio e os demais órgãos que trabalham a pauta da gestão da fauna no estado do Amazonas".
A ave permanecerá sob observação até que seu estado de saúde permita uma possível reabilitação ou encaminhamento para local apropriado.
- Por Aldair Rodrigues