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Justiça adia aplicação das provas do Enem 2020 no Amazonas

A decisão é válida enquanto durar o período de calamidade pública, decretado pelo Governo do Amazonas, em decorrência do agravamento da pandemia no Estado.

A Justiça Federal decidiu suspender a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Amazonas. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (13), assinada pelo juiz Ricardo Augusto de Sales, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, e atende um pedido de urgência do vereador Amom Lins Filho e do deputado federal Marcelo Ramos. O magistrado citou que houve desvio de finalidade do Instituto Nacional de Anísio Teixeira (Inep), ao seguir com o calendário da prova no estado, mesmo diante dos alarmantes números de casos, internações e mortes por coronavírus. O juiz federal também citou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que aponta a situação da pandemia no Amazonas como específica, e afirma que a União não tem monopólio sobre atos da natureza do exame nacional. A decisão é válida enquanto durar o período de calamidade pública, decretado pelo Governo do Amazonas em decorrência da pressão sob o sistema de saúde. O magistrado afirma, em sua decisão, que a Constituição estabelece o direito à Saúde como direito fundamental, e que deve ser observado diante do cenário da pandemia no Estado. Caso o Governo do Amazonas não acate a decisão do magistrado, a Justiça Federal estabeleceu multa de R$ 100 mil reais, por dia de descumprimento. Mais cedo, o diretor do Inep, Alexandre Melo, afirmou que as cidades que pedissem o adiamento das provas deveriam ficar fora do Enem 2020, realizando as provas somente em novembro, para entrada efetiva em 2022. Horas depois o Inep recuou da declaração do diretor e afirmou que a data das provas em cidades que pedissem o adiamento seria nos dia 23 e 24 de fevereiro. E mais tarde, o Inep disse que ainda analisará uma nova data do exame para as cidades que não fizerem a prova. *Com informações de Cley Medeiros | Portal A Crítica