O movimento indígena de Parintins, liderado pelo Capitão Geral, Aldamir Sateré, cobra melhorias estruturais para a Coordenadoria Técnica Local (CTL), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), instituição federal cuja sede fica localizada a menos de 100 metros do Bumbódromo.
De acordo com o líder indígena há incoerência, pois na cidade de Parintins, que realiza o maior evento cultural, o Festival Folclórico, que exalta os povos originários/indígenas e a Amazônia, está com a sede da Coordenadoria Técnica Local (CTL) em condições precárias.
O ativista e líder indígena ressalta que está na hora das autoridades federais e estaduais tomarem atitudes e saírem mais dos discursos e agir para mudar o estado crítico, precário e vergonhoso em que se encontra a CTL da Funai de Parintins.
Conforme o coordenador técnico local da Funai, em Parintins, João Melo Farias, em atenção a denúncia veiculada em redes sociais esclarece que a CTL é uma unidade administrativa, vinculada à Funai, subordinada à Coordenação Regional, com sede em Manaus.
Quanto as precariedades do prédio, João Melo Farias informar que a instituição federal tem água encanada, assim como a energia elétrica, cujas contas estão em nome da Funai, que paga a fatura mensalmente.
João Melo ressalta ainda que a CTL possui três funcionários para prestar o melhor atendimento aos indígenas Saterê-Mawé dos rios Andirá e Uaicurapá que buscam salário maternidade rural e aposentadoria rural por idade.
O titular da Coordenadoria Técnica Local afirma que no ano de 2024 foram atendidas 569 pessoas e tiveram acesso aos benefícios sociais junto ao INSS.
“Encaminhamos a denúncia para a Coordenação Regional, em Manaus, para ciência e que possa tomar as providências que julgar necessárias para mandar apurar. Em menos de um mês respondemos as mesmas indagações ao Ministério Público Federal”, comentou.
João Melo comenta que, se a denúncia for por conta do ferro velho que está em frente ao prédio, informamos que se trata de bens patrimoniais do Governo Federal. Portanto, que precisam de um processo de baixa patrimonial para que possam ser vendidos, cedidos ou doados, sob pena de, se não percorrermos esse difícil caminho burocrático, o servidor que vier a dar sumiço a esses bens será responsabilizado e penalizado.
“Existe uma Comissão com esse fim, mas que demora um bom bocado para esse processo chegue ao fim, justamente, para esses bens ditos ‘imprestáveis’ (ferros velhos) que um dia serviram a esta unidade da Funai”, completou.
- Por Franci Maia e Neudson Corrêa