O navio Parintins, que deixou o porto de Manaus no início da tarde de quinta-feira, 14 de novembro, com destino a ilha Tupinambarana, encalhou em um banco de areia logo abaixo do município de Itacoatiara. 

De acordo com passageiros que estão no interior da embarcação, o fato teria ocorrido por volta das 22h.

Várias tentativas foram feitas pelo proprietário Amílcar Bentes para que a embarcação seguisse viagem com destino a Parintins. 

Até por volta de 2h43 da madrugada desta sexta-feira, 15, a embarcação permanecia no mesmo local do encalhe. 

O comandante, sem citar o nome, está se comunicando com outros barcos, que navegam nesse trecho de rio, para pedir ajuda. 

O estado Amazonas enfrenta uma das piores secas de sua história o que dificulta o transporte fluvial na região. 

Os relatos de embarcações encalhadas devido a seca dos rios são recorrentes, por isso as atenções são redobradas para se evitar incidentes.

Nos últimos dias os rios deram sinais de que estão enchendo uma média de 25cm por dias.

Depois de tentar por diversas vezes retirar a embarcação do leito raso do rio, com manobras a ré, o navio, um dos maiores do Amazonas, conseguiu prosseguir a viagem.

Impressionante, mas nenhuma embarcação que nevega nesse trecho, entre os municípios de Itacoatiara e Urucurituba, atendeu o SOS emitido.

Conforme um passageiro que acompanhava a manobra, o barco só conseguiu se desprender do banco de areia por volta das 4h30.

A chegada prevista em Parintins para 7h foi alterada para as 14h. "Com um barco à deriva no meio do rio fica a preocupação com navios de grande calado. Além de escuridão tem a questão da fumaça que encobre o rio", contou.