Era só uma transmissão ao vivo para celebrar o festival. Mas o Caprichoso foi muito além disso. Abrindo a noite do ‘Live Parintins’, transmitido pela TV A Crítica na noite deste sábado direto do Bumbódromo de Parintins, o Touro Negro fez uma apresentação digna de uma noite de festival, com direito a alegorias, itens chegando da arquibancada e, claro, muita emoção.
Com um emocionante vídeo de introdução protagonizado pelo marujeiro Bacuri, o Caprichoso seguiu sensibilizando com a entrada do amo Edmundo Oran, que apresentou um texto citando nomes históricos do bumbá acompanhado pela toada Sentimentos, que tem um componente peculiar: uma de suas compositoras, Thereza Bulcão, faleceu na última semana por conta da Covid-19.
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Foto: Reprodução/Twitter[/caption]
A chegada do boi Caprichoso carregado por uma arara gigante mostrou a grandiosidade preparada pelo bumbá azul e branco para a noite. Com toadas do CD desse ano e outras históricas na voz de David Assayag, o bumbá azul e branco levou todos os itens individuais para a arena como se de fato estivesse diante de sua galera. O primeiro item feminino a dar o ar de sua graça foi Valentina Cid, a Sinhazinha da Fazenda, recebida pelo amo Prince do Caprichoso.
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O pajé Erick Beltrão fez sua primeira apresentação no Bumbódromo como item oficial do Boi Caprichoso em um belo momento tribal, que foi seguido pela chegada de Marcela Marialva, que recebeu o estandarte da boca do próprio Caprichoso. Os Tuxauas também ganharam espaço na apresentação do Touro Negro, entoados pela toada que foi uma das sensações do ano passado, Dança dos Tuxauas.
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Já na segunda metade do espetáculo azul e branco, foi a vez da chegada da cunhã-poranga Marciele Albuquerque, que chegou para sua poderosa evolução em um módulo alegórico. O mesmo aconteceu em seguida com Cleise Simas, a Rainha do Folclore que foi um dos destaques do bumbá no Festival de 2019.
Ainda no clima dos sucessos do ano passado, o Caprichoso iniciou um clima de ritual com a toada Waiá-Toré, que preparou a segunda aparição do pajé Erick Beltrão em uma belíssima coreografia com as tribos, seguida de uma evolução ao som de Senhor dos Mil Nomes, toada de 2002.
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Foto: Reprodução/Twitter[/caption]
O Caprichoso se despediu da live ao som de toadas históricas, como Coração Azul e Branco e, talvez, a mais emblemática toada azul e branca: Ninguém Gosta Mais Desse Boi do Que Eu, de Carlos Paulain. Uma noite para ficar na memória. "Hoje todos estaríamos eufóricos com nosso boi, mas a pandemia não possibilitou que fizéssemos o festival agora em junho. Mas conseguimos fazer um grande espetáculo, Orgulhoso de ser Caprichoso, de ter uma equipe maravilhosa e ter uma nação azul e branca capaz de mover montanhas para fazer o que fizemos aqui", afirmou o presidente Jender Lobato, em entrevista a TV A Crítica, em meio às lágrimas de emoção. "Em breve, num futuro muito próximo, vamos voltar aqui com essa arquibancada lotada de apaixonados".