Trabalhadores do Boi Garantido fizeram um protesto na sede do bumbá, em Parintins, devido ao atraso de pagamento de salários e serviços prestados. O tumulto aconteceu na noite desta sexta-feira (08).
O clima ficou tenso e o protesto resultou em depredação da área social da Cidade Garantido e incêndio em alegorias. O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (Cbmama) foi acionado para conter as chamas. De acordo com a corporação, foi utilizado pelo menos 300 litros de água, e após a extinção das chamas.
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Foto: Reprodução/Redes sociais[/caption]
Em vídeos que circulam em grupos de mensagens, os trabalhadores que atuam em diversas frentes do boi Garantido se revoltaram com a falta de pagamento. “A gente coloca esse boi na arena debaixo de sol e de chuva e a gente não tem dinheiro para receber. Que valor o artista tem, Parintins?”, protestou um dos funcionários. “Eu nunca vi isso na minha história”, disse outro trabalhador.
Nas redes sociais, o apresentador oficial do boi Garantido, Israel Paulain, veio a público pedir à diretoria para que cumpra com o pagamento dos funcionários. “Presidente, pague os nossos trabalhadores! É humilhante ver o que estamos vendo, o que o mundo está vendo, o maior artista da história do festival Jair Mendes pedindo para que seja pago, artistas que já fizeram o festival e contribuíram com o grande espetáculo, independente do resultado, também precisam receber”, diz ele que acrescenta que também pede o recebimento da segunda parcela de contrato.
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Foto: Liam Cavalcante[/caption]
“Isso dói na minha alma. Todos sabem do sentimento e verdadeiro que tenho por esse boi, então não venham me confundir e confundir as pessoas”, disse. Ainda nesta sexta-feira (8), a vice-presidente da agremiação, Ida Ferreira, disse que parte dos pagamentos será feita neste sábado (9), "será o galpão pela manhã e a tarde o tribal”, comentou ela, em uma transmissão feita ao
portal Radar News Amazonas.
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Foto: Reprodução/Radar News Amazonas[/caption]
“Temos que ter compreensão, você que adora só gafinhar as pessoas e o Garantido tenha respeito e a gente está fazendo o melhor da gente para efetuar o pagamento”. Nas últimas semanas, o Boi da Baixa do São José vem contabilizando inúmeras crises dentre elas a financeira.
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Foto: Liam Cavalcante/Secretaria de Cultura e Economia Criativa[/caption]
O presidente Antônio Andrade disse ao
portal A Crítica, no último dia 7, que calcula que entre cerca de 15% a 20% dos trabalhadores e fornecedores ainda não foram pagos, e creditou os atrasos a um recurso de R$ 1,5 milhão bloqueado na Justiça do Trabalho e ao recebimento de patrocínios.
Com informações de Karol Rocha, portal A Crítica