Residencial Parintins é tema de audiência pública na câmara de vereadores
A reunião contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (Semasth), Defensoria Pública, Promotoria de Justiça, famílias do Residencial, tanto da parte dos mutuários como dos ocupantes.
A Câmara Municipal realizou ontem, 27 de abril, uma audiência pública com a finalidade de discutir a situação do Residencial Parintins. A reunião contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (Semasth), Defensoria Pública, Promotoria de Justiça, famílias do Residencial, tanto da parte dos mutuários como dos ocupantes.
Durante a discussão na Câmara foi destacada a união de forças na luta por moradia popular e respostas às principais reivindicações das famílias que já residem no Residencial e das famílias que foram contempladas e não residem no local, como destaca a vereadora Márcia Baranda.
"Enquanto legislativo, o que podemos fazer é exatamente essa sugestão da vereadora Vanessa Gonçalves, em que assinamos um documento, juntamente com o ministério público, defensoria pública e poder executivo, sem julgamentos. Precisamos nos unir para se tomar uma decisão de políticas públicas realmente efetivas"
Autora da propositura, a Vereadora Brena Dianná enfatizou ser fundamental a apresentação de informações e sugestões que venham a contribuir para um direcionamento de resolução desse problema social.
"Saímos dessa audiência unindo forças, falando uma única língua que é a de resolver essa problemática. Sabemos que é um direito que a Caixa Econômica tem de finalizar a obra e entregar as casas e a Semasth tem agora o dever e a obrigação de fazer um levantamento, de todas as pessoas que já estão morando lá, sejam contempladas ou não"
Para os contemplados com as moradias, o posicionamento é pela retomada de suas casas, de acordo com o representante dos mutuários Mateus Sarmento.
"Nós sabemos, enquanto mutuários, que só há uma solução que é a reintegração de posse e que consequentemente todas as pessoas que estejam lá recebam aluguel social, para que fiquem amparadas. As pessoas tem que sair para que a empresa contratada pela Caixa possa fazer o orçamento, enviar para o Governo Federal, para que assim eles saibam o montante de verba necessária para o término da obra"
Já pelo lado dos ocupantes das moradias populares, o que eles querem é somente um teto para morar, segundo um dos representantes da Associação do Residencial Parintins, Elias Andrade Pinheiro.
"Queremos nossa moradia, para todas as famílias que estão ali. São mais de 3000 famílias morando ali, todas querendo sua casa própria. Ninguém quer nada de graça, queremos pagar a Caixa e é isso que estamos reivindicando nessa audiência pública"