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Associação de mulheres Watyamã cobra dos órgãos competentes resultado de investigações envolvendo indígenas em Parintins

Associação de mulheres Watyamã cobra dos órgãos competentes resultado de investigações envolvendo indígenas em Parintins Notícia do dia 06/03/2024 A Associação de Mulheres Indígenas Saterê-Mawé Watyamã, do Baixo Amazonas, esteve na cidade de Parintins, nesta terça-feira, 05 de março, para solicitar medidas dos órgãos competentes sobre várias situações de violência sofridas à população indígena, principalmente contra mulheres, criança e idosos. Além dos casos de violência, a Associação também solicita mais clareza sobre o resultado das investigações do assassino da indígena Jéssica Hadassa, morta no dia 14 de dezembro de 2023, após ser liberada pela polícia e a prisão do indígena de 52 anos, suspeito de importunação sexual contra uma criança de 12 anos, conforme ressalta Marta Ariá, coordenadora da Associação de Índígena Sateré-mawé- Watyamã.
A organização veio ao Ministério Público trazer alguns documentos, pois precisamos de respostas para alguns casos que envolvem o nome do nosso povo e até o momento nada foi esclarecido. Por exemplo, o mais recente que aconteceu foi o caso de Hadassa, e até hoje a família não tem retorno de quem fez isso com ela. Outro foi o Jecimar que recentemente foi preso porque uma vizinha falou que ele estava fazendo cenas obscenas para a neta dela, e não teve apuração e foi ‘jogado’ na penitenciária. A situação das guerreiras que vieram reivindicar a questão da saúde indígena, elas foram presas, espancadas, e não teve julgamento, não teve nada”. 
 Marta Ariá, também pede respeito para a população indígena e destaca o apoio das entidades em defesa dos povos originários na busca por essas respostas.
 No mês de julho, no município de Barreirinha é falado sobre os povos indígenas, na nossa crença, do nosso ritual, mas na verdade nós não somos respeitados como povos originários mesmo. Então nós, como organização, queremos que as pessoas respeitem o nosso direito que é garantido na constituição. E nós procuramos as outras instituições que é a favor de nós, como a FUNAI, que nos dá apoio, SESAI, na questão da saúde indígena”, ressaltou Marta Ariá.