Notícia do dia 08/04/2024
Em entrevista no “Item 19 – O Podcast das Galeras”, realizado pelo Portal A Crítica, os presidentes Fred Góes, do Boi Garantido e Rossy Amoedo, do Boi Caprichoso, manifestaram opiniões divergentes com relação a utilização de guindastes no espetáculo do Festival Folclórico de Parintins.
O presidente do Boi Caprichoso, Rossy Amoedo, acredita que é essencial usar o guindaste como elemento surpresa no espetáculo, desde que seja dentro da legalidade e com responsabilidade.
“Eu sou a favor do guindaste. O caprichoso vem usando com responsabilidade de uma forma séria, com profissionais altamente qualificados para fazer a questão da operação do guindaste. Precisa criar esse elemento surpresa. O festival folclórico de Parintins, algumas alegorias, elas entram e saem do mesmo jeito. Você precisa ter ali o cavalo de Troia, o elemento surpreso, é isso que engrandece o festival”, disse Amoedo.
O presidente do Boi Garantido, Fred Góes, ressalta que a utilização do guindaste tem gerado impacto negativo nos trabalhos alegóricos, principalmente pelos acidentes ocorridos nos últimos tempos.
“No garantido, o guindaste perdeu um pouco esse impacto que ele tinha. Uma que, quando você levanta uma peça muito alta e sai do foco de visão de quem está julgando, aquilo acaba não tendo grande efeito prático. Mas, operar uma peça que possa trazer risco para um público que está embaixo, é um caso a se pensar, e temos que conversar e ver até que ponto a gente realmente pode correr esse risco”, comentou Fred Góes.
Em 2022, um módulo alegórico despencou de um guindaste em aproximadamente 10 metros de altura durante a apresentação da Flor Matizada, no Festival de Ciranda de Manacapuru. A ponta do guindaste entortou e 26 pessoas ficaram feridas. A cirandeira Vivian Ramos de 24 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu.
