O Seminário Propedêutico, da Diocese de Parintins, passou a se chamar Padre Francisco Dinelly, em homenagem ao sacerdote que faleceu em Manaus, no dia 6 de setembro de 2017.
A cerimônia organizada pela Diocese, sob a orientação do bispo Dom José Albuquerque de Araújo, ocorreu na área externa do Seminário que fica localizado no Centro de Treinamento Dom Arcângelo Cerqua.
O rito celebrativo que ocorreu na sexta-feira, dia 6, às 19h, contou com a presença dos familiares de Padre Francisco de Dinelly, sacerdotes, entre eles, o bispo emérito Dom Giuliano Fregeni, Padres Rui Canto, Marcílio Moutinho, Prêmoli Pulidindi, Antônio Benjamin Tavares, Benedito Teixeira, Luiz Carlos.
Participaram do evento que ratifica o legado de Padre Dinelly, religiosas, entre elas, Irmã Iracema, Clarice, Valéria, leigos e leigas, e de pessoas que trabalharam, estudaram e conviveram enquanto missionário e educador em Parintins.
Dom José ressalta o legado deixado por Padre Dinelly, como sacerdote e como educador em Parintins.
“Dedicamos esse lugar, homenageando esse grande sacerdote, para que os jovens possam conhecer a história dele (padre Dinelly). E assim como o Senhor realizou maravilhas por meio dele, os jovens também possam se apaixonar por essa causa, a causa do reino, a causa do Evangelho”, ressaltou.
O padre Marcos Aurélio, reitor do Seminário Propedêutico, comenta como foi concebida a homenagem a Padre Dinelly.
“Dom José, na sua reflexão pessoal, propôs isso para o clero. Pois seguindo um pouco a tradição, em que as casas de formações se homenageiam um santo, ou uma pessoa que marcou a história da diocese, da Prelazia, e ele propôs homenagearmos o Padre Dinelly, até porque ele morou aqui e os seus últimos anos foi aqui”, comentou.
Padre Marcos relata ainda que não houve nenhuma resistência do clero, pelo contrário, acolheram a sugestão.
“Não houve nenhuma resistência, acolhemos de bom grado, e a partir daí nós definimos para celebrar essa mudança, justamente nesse dia da sua Páscoa”, disse.
Edna Dinelly relembra os ensinamentos deixados pelo irmão, Francisco Assis Serrão Dinelly. Mesmo convalescido, no leito do hospital, reunia a família para rezar.
“Ele foi fiel até o fim, mesmo no período em que estava doente, por nenhum momento, deixou de celebrar. Ele não podia mais celebrar na igreja porque não conseguia mais ficar em pé, mas nunca deixou de celebrar nenhum dia. Celebrava lá em casa, sentadinho numa cadeira, mas fazia a celebração como se ele estivesse celebrando para uma catedral cheia”, relatou.
Na noite de sexta-feira, 6 de setembro, também foi inaugurado o memorial dedicado a Padre Dinelly.
No memorial, que recebeu as bênçâos do bispo emérito Dom Giuliano Frigeni, constam os objetivos litúrgicos utilizados pelo sacerdote, como a liturgia diária do mês de setembro de 2017, a garrafa de vinho canônico que ele utilizou nas últimas celebrações que realizou com sua família.
Também fazem parte do memorial os certificados e diplomas que Padre Dinelly conquistou na formação acadêmica, a estola, o cálice e a patena que pertencia ao sacerdote.
Histórico
Padre Dinelly faleceu, em Manaus, aos 65 anos, em decorrência de complicações de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico sofrido no dia 31 de agosto, quando se recuperava de uma cirurgia.
Ordenado pelo primeiro bispo de Parintins Dom Arcângelo Cerqua, em agosto de 1980, Francisco de Assis Serrão Dinelly tinha 37 anos de sacerdócio.
Decano do clero diocesano atuava como presidente da Fundação Evangelii Nuntiandi, mantenedora do Sistema Alvorada de Comunicação, foi diretor do Centro de Estudos Superiores de Parintins, da Universidade do Estado do Amazonas (CESP/UEA).
Segundo familiares e amigos, deixou importante legado, como a Pastoral Universitária e o Partido dos Trabalhadores (PT) em Parintins.
Galeria
Fotos Lucely Monteiro