Foto: Arte Rádio Alvorada
Notícia do dia 08/03/2025
Para celebrar o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Sistema Alvorada de Comunicação exalta a contribuição feminina no rádio, seja na área administrativa, jornalística, de entretenimento ou sonoplastia. Ambas continuam a ecoar suas vozes e marcar suas trajetórias, como um grito de resistência.
Em 1923, Maria Beatriz Roquette Pinto quebrou barreiras ao se tornar a primeira mulher radialista do Brasil. Filha de Edgar Roquette-Pinto, considerado o 'pai da radiodifusão brasileira’, ela atuava na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
“E eu comecei a trabalhar nessa rádio, eu tinha 16, 17 anos, tinha acabado de chegar da Europa, tinha tido meu curso lá, e meu pai, que é professor João Cope, nós estávamos um pouco velhos, cansados, queria sair, e meu pai disse, você vai contar então as histórias pra criança”.
Em São Paulo, as vozes de Zenaide André e Elizabeth Darcy ecoaram na Rádio Record, marcando o início dos anos 30. Enquanto isso, Diva Ayres de Moraes fazia história como a primeira DJ e locutora do Paraná na Rádio Difusora de Ponta Grossa.
O Sistema Alvorada de Comunicação durante 48 anos foi comandado por uma mulher, dona Raimunda Ribeiro da Silva. Atualmente o legado continua sob a direção executiva da jornalista Lucely Monteiro, que encarou o desafio como uma missão.
“E quando recebi o convite para essa missão foi assustador, mas com coragem e humildade eu digo que a gente sempre consegue. E entre as dificuldades eu posso dizer que elas existem e sempre existirão. E uma empresa administrada por mulher tem seus benefícios. O cuidado e o zelo são diferenciados”.
A radialista Graça Teixeira, que apresenta os programas “Bom dia Cidade” e “Volume News” pelo Sistema Alvorada de Comunicação, compartilha a experiência de mais de 30 anos no rádio.
“Hoje é tudo mais prático, e antigamente não, era muito mais difícil a gente operar uma mesa, e hoje eu estou ainda na rádio, no ‘Bom Dia Cidade’, também no programa de domingo, no ‘Volume News’, e eu amo o que eu faço”
Hanna Maria Oliveira, do Ministério de Mídia da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, numa breve passagem pela Rádio Alvorada exerceu a função de sonoplasta. Segundo ela, a experiência foi de muito aprendizado.
“A minha experiência na Sonoplastia, na Rádio Alvorada, que é comum ver mais homens operando, fazendo essa função, pra mim, ela foi um desafio, porque ela me tirou da minha zona de conforto”.
Apesar do avanço das mulheres ao longo dos quase 100 anos de existência do rádio no país, o público feminino ainda segue como minoria no quadro profissional das emissoras. E que as experiências relatadas por meio desta reportagem encorajam outras mulheres que também sonham em comandar, levar informação e entretimento pelas ondas do rádio.
- Por Aldair Rodrigues e Samuel Vieira
