Notícia 04 de outubro de 2021

Entidades, órgãos públicos, políticos e a população em geral se posicionaram com notas de solidariedade em defesa do Hospital Padre Colombo, após a entrevista concedida pela direção da unidade e pelo bispo da Diocese de Parintins, na manhã desta segunda-feira (04). Na entrevista, entidade destacaram, de forma minuciosa, a real situação que vive a unidade de saúde. Em nota, o Deputado Federal Zé Ricardo (PT-AM), o qual visitou o HPC em julho deste ano, ressaltou a importância da unidade, e pediu que o Estado e a Prefeitura resolvam com 'urgência' a situação. Confira a nota na íntegra (Abaixo).

Nota de solidariedade ao povo de Parintins pela situação da saúde no município

O Descaso na saúde de Parintins está colocando a vida de recém-nascidos e de mães puérperas em risco. A situação se arrasta há semanas e ficou mais evidente após uma ação da Justiça, obrigando o Hospital Padre Colombo – HPC, da Diocese de Parintins, a dar atendimentos à população, o que levou a direção da unidade de Saúde a denunciar o caso e a pedir providências. Parintins é um dos maiores municípios do Estado e não pode ficar sem maternidade pública. O Governo do Estado e a Prefeitura têm o dever e a obrigação de resolver com urgência a situação, antes que vidas sejam perdidas. Antes da pandemia a cidade de Parintins possuía os serviços do Hospital Padre Colombo- HPC, que é particular, e do Hospital Regional Dr. Jofre De Matos Cohen, administrado pela Prefeitura de Parintins. Hoje, um problema de saúde pública permeia o município, atingindo principalmente atendimento à mulheres parturientes e aos recém-nascidos. Segundo relatos encaminhado ao nosso gabinete pela diretoria do Hospital Padre Colombo, durante a pandemia, a Prefeitura fechou a clínica obstetra/ginecológica e maternidade do Hospital Jofre Cohen, transferindo todos os atendimentos ao HPC, no período de maior incidência de casos de covid-19 em Parintins. Deste período em diante, ainda segundo os relatos da direção do HPC, a unidade de saúde vem sofrendo com superlotação da maternidade ao limite do desumano e sem receber os recursos financeiros necessários para seu funcionamento, tendo atendido, somente em agosto de 2021, 240 partos, uma média de oito ao dia. No dia 7 de setembro, alcançou a meta anual de convênio com o SUS e mesmo tendo alertado antecipadamente ao Governo do Estado e à Prefeitura a respeito da necessidade de um Termo de Aditivo para poder continuar atendendo pelo SUS, o convênio não foi realizado, ficando o Hospital impedido de receber recursos para custear seu atendimento à população. E o que é mais grave: Há denúncias de que a Prefeitura de Parintins cancelou o Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde do Hospital Jofre Cohen para a maternidade e, ao mesmo tempo, entrou com uma Ação de Obrigação de Fazer, junto ao Ministério Público, para que o HPC, mesmo sendo um hospital privado, volte a dar atendimento público, numa tentativa de tirar da Prefeitura a responsabilidade de fazê-lo. O HPC é uma importante unidade de Saúde de média complexidade que, inclusive, realiza cirurgias. A instituição já vem informando aos órgãos competentes (Prefeitura, Secretaria de Estado) sobre o encerramento do convênio desde o início de setembro e das condições atuais de sobrecarga e superlotação, mas também da necessidade financeira e de recursos humanos para poder continuar atendendo. Estamos cobrando explicações e pedindo providencias da Prefeitura de Parintins e do Governo do Estado do Amazonas. E vamos solicitar que o Ministério Público do Estado também cobre desses Poderes a normalização do atendimento à população e a renovação do convênio com o HPC. Não podemos permitir que a população e os que ainda sequer nasceram, sofram pela má gestão na saúde pública.   Zé Ricardo, Deputado Federal (PT-AM)