O ex-prefeito do município de Barreirinha, Mecias Pereira Batista, popularmente conhecido como Mecias Sateré, foi condenado pelo juiz Lucas Couto Bezerra, titular da Vara Única da Comarca de Barreirinha, a cumprir pena de seis anos, sete meses e vinte e oito dias de reclusão em regime semiaberto, pela compra de bilhetes aéreos em favor de familiares e terceiros que não faziam parte do quadro de servidores da Prefeitura.

A sentença pelo crime de responsabilidade, previsto no Decreto-Lei n. º 201/1967 e no artigo 71 do Código Penal, foi disponibilizada no Caderno Judiciário – Interior do Diário da Justiça Eletrônico (DJe) da última quarta-feira, dia 18 de outubro.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), entre os anos de 2009 e 2016, período em que Mecias ocupou o cargo de prefeito de Barreirinha, ele “passou a utilizar-se, em proveito alheio, de rendas públicas da respectiva Prefeitura, a compra de grande número de passagens aéreas de uma empresa localizada na cidade de Parintins.

Entre os beneficiados estão seus filhos, netos, pessoas que não faziam parte do quadro de servidores públicos municipais em Barreirinha e ainda um ex-secretário, mesmo após a exoneração e enquanto candidato a deputado estadual.

Além da prisão em regime semiaberto, Mecias está inabilitado para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação, a contar da data do trânsito em julgado da sentença condenatória. O ex-prefeito também deverá ressarcir os cofres públicos do Município de Barreirinha pelos valores gastos com a compra de passagens aéreas emitidas, cujo valor total da indenização deverá ser liquidado em ação própria.

A Redação de Jornalismo Alvorada entrou em contato com Mecias Sateré, para um posicionamento sobre a condenação, mas até o fechamento desta edição não tivemos retorno.