Parintins se prepara para um dos momentos mais aguardados do calendário religioso da cidade: a Festa de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da diocese. Neste ano, a festividade tem como tema “Maria, Mãe da Esperança”.

Na véspera do grande dia, o bispo de Parintins, Dom José Albuquerque de Araújo, expressou a alegria em acolher fiéis de diversas regiões e destacou as novidades na programação, que visam aprimorar a participação e a segurança dos devotos.

Uma das principais mudanças para este ano é a inversão da ordem da missa e da procissão no dia 16 de julho. Diferente dos anos anteriores, a Santa Missa terá início às 17h, seguida pela procissão por volta das 18h.

Dom José explicou que a alteração, fruto de avaliações e escuta da comunidade, busca proporcionar aos fiéis um momento de maior recolhimento e preparação para a Eucaristia, considerada o ponto alto dos festejos.

"Sabemos que a fonte da nossa fé que alimenta a nossa esperança é a Eucaristia, então vamos iniciar no dia 16 com a Santa Missa às 17 horas, um horário oportuno, e logo após o término da missa vamos continuar celebrando com esta manifestação pública da nossa fé pelas ruas da cidade, participando da procissão".

Outra novidade é a ausência do trio elétrico na procissão, que será comandada diretamente da Catedral. A decisão, baseada nas avaliações do ano passado, visa garantir um momento mais orante e de união para os participantes, segundo Dom José. "Essas mudanças sempre têm um objetivo, não só melhorar a participação, mas também cuidar da segurança, que seja um momento orante, que seja um momento em que todo mundo possa se sentir unidos, porque a procissão é um reflexo, é um sinal da nossa vida", destacou.

A segurança e organização da procissão contarão novamente com o trabalho da Guarda do Carmelo, um grupo de 120 voluntários que atua durante todo o ano na Catedral.

Este ano, em um gesto de reconhecimento e valorização, os agentes de limpeza pública do município, os garis, serão os responsáveis por conduzir o andor da Catedral até o carro que seguirá na procissão.

Dom José também fez um apelo para que os fiéis repensem a forma de pagar promessas. Ele desaconselhou o carregamento individual do andor por pagadores de promessas, dada a inviabilidade logística, e incentivou a prática da caridade e do bem ao próximo como a verdadeira forma de agradecimento a Deus e a Nossa Senhora. "Temos tantas maneiras e também ajudar no novenário, na quermesse, a gente está sempre precisando de braços, de corações generosos, mas também de doações para poder ter a barraca da comida, para ajudar a vender as nossas rifas, bingos, leilões. Então, todos esses que participam dessa maneira podem ter assim a consciência tranquila que estarão pagando as suas promessas".

Por fim, Dom José expressou sua profunda gratidão a todos os envolvidos na organização da festa, ressaltando o amor e a dedicação dos voluntários.

 - Por João Carlos Moraes - Alvorada Parintins