“Antes de começar mesmo de começar o projeto, a família, através dos nossos avós, dos nossos pais, já fazia essa preservação do meio ambiente nesse local, nessa cabeceira. Este ano de 2023 para 2024, nós soltamos 8.260 quelônios.” relata.O nome do projeto é uma referência às pegadas do tracajá (Podocnemis unifilis) que na areia ficam no formato de "pinchas" (tampinhas de refrigerantes de garrafas de vidro). [gallery bgs_gallery_type="slider" size="large" ids="40657,40658,40659"]
Ribeirinhos devolvem para natureza mais de 8 mil filhotes de quelônios em Barreirinha
O trabalho é coordenado pela Universidade Federal do Amazonas e conta com o apoio voluntário dos moradores desde 1999

Ribeirinhos da comunidade Granja Ceres, nas margens do rio Andirá, área rural de Barreirinha, devolveram para a natureza 8.260 filhotes de quelônios por meio do Projeto Pé de Pincha, após meses de trabalho e cuidados dos moradores daquela região.
O trabalho é coordenado pela Universidade Federal do Amazonas e conta com o apoio voluntário dos moradores desde 1999. No rio Andirá, 6 comunidades realizam esse trabalho de conservação das espécies. Só na comunidade Granja Ceres, cerca de 150 mil quelônios foram devolvidos à natureza em 22 anos de projeto.
Segundo os especialistas da Ufam, essa região do rio Andirá é um santuário dos quelônios. 13 das 21 espécies que habitam na Amazônia podem ser encontradas na localidade, e vão dos mais conhecidos como o tracajá, a tartarugas da Amazônia e os jabutis, até os menos conhecidos, como o pitiú e o matá-matá.
Segundo o senhor Carlos Jorge Pedreno, comunitário da Granja Ceres e um dos grandes incentivadores da soltura de quelônio na região, o trabalho de preservação já estava sendo realizado mesmo antes da chegada do projeto e que a iniciativa foi fortalecida com a presença dos pesquisadores da universidade.