A taxa oficial de desmatamento na Amazônia é de 6.288 km² para o período de agosto de 2023 a julho de 2024, segundo estimativa do sistema Prodes, do Inpe, divulgada nesta quarta-feira (6/11). O resultado representa redução de 30,63% em relação ao período anterior, de agosto de 2022 a julho de 2023, e é a maior queda percentual em 15 anos.
Já no Cerrado, a taxa oficial de desmatamento para o período é de 8.174 km², a menor desde 2019. Houve queda de 25,7% em relação ao período de agosto de 2023 a julho de 2024, a primeira redução em quatro anos no bioma.
Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (6/11) em ato no Palácio do Planalto, em que também foi assinado o pacto para para a prevenção e controle do desmatamento e de incêndios no Cerrado com os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba). A meta do governo federal é desmatamento zero em todos os biomas do país até 2030.
O Prodes usa imagens de satélites mais precisas (de 10 a 30 metros) do que as usadas em outro sistema do Inpe, o Deter, que emite alertas diários para apoiar a fiscalização em campo realizada por Ibama e ICMBio.
Com o resultado, houve uma redução nas emissões de gases de efeito estufa de 400,8 milhões de toneladas de CO2e por desmatamento na Amazônia e Cerrado em relação ao ciclo 2021/22.
Já no eixo de Instrumentos Financeiros e Normativos foi retomado o Fundo Amazônia, com doações contratadas de R$ 1,4 bilhão, além de promessas que somam R$ 3,1 bilhões. Houve a retomada do Bolsa Verde; o Plano Safra como indutor de agricultura de baixo carbono (R$ 364 bilhões), com bônus de 1% na taxa de juros para CAR validado, a adoção de tecnologias sustentáveis e a restrição de crédito rural para CAR suspenso, com embargos e imóveis sobrepostos a TIs, UCs e Florestas Públicas Não Destinadas (Resolução nº 5081/23 do CMN). Também foi implementada a nota fiscal do ouro como ativo financeiro para combater o garimpo ilegal, entre outras medidas.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MMA